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 A Avenida Central

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MensagemAssunto: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeSeg Set 09, 2013 11:18 pm


Dark City


A Avenida Central
 

Era uma cidade isolada e todos sabiam disso. Havia uma avenida que não possuía um começo, mas também não tinha um fim. Cortava o meio da cidade e tinha uma largura consideravelmente grande para enormes tipos de transporte. O que dividia a avenida central eram dois trilhos ladeados por árvores mortas... Os trilhos provavelmente seriam de algumas linhas de trens que deixaram de funcionar há dezenas de anos. Vazia e iluminada pelos lampiões que piscavam e pela lua enorme que acendia a cidade nas noites mais escuras. Algumas vezes, silhuetas crepitavam amostrando o corpo da aparatação perfeita; a avenida dava as boas-vindas com o silêncio.
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Deko Càminn
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeSeg Set 16, 2013 10:59 pm


ㅤㅤ ㅤ— Lumus...


ㅤㅤ ㅤA extremidade da varinha do Auror se acendeu numa branda luz alva; a extensão próxima da avenida se revelou e Deko tinha certeza que nada mudaria doravante. Aquela cidade maldita continuaria sendo a impressão da desolação de uma maldade sem tamanho no passado. Estar ali, perambulando naquele horário, era arriscado demais para a manutenção de seu status de “morto” que lhe era assegurado havia quase vinte anos. Não poderia encontrar ninguém, muito menos deixar ser encontrado. — Por Lockhart, estava me esquecendo... Homenum Revelio! — Sua varinha agitou, fazendo um arco a sua volta. Depois de segundos, os seus músculos relaxaram e, calmo, Deko enfiou a varinha no bolso de seu sobretudo.
ㅤㅤ ㅤSua curiosidade era grande e, apesar de retida por meses naquele ano, fizera com que o francês deixasse seu esconderijo em Rock Village em Oxford para pousar seus olhos na maldita Dark City, cidade que hospedara os piores bruxos por árduos anos de batalha. O auror ainda não estava de todo convencido que o mal fora rechaçado; ainda acreditava que, por baixo dos olhos de todos, algo de maligno desenrolava: assunto que o Ministério talvez nem tomasse conhecimento.
ㅤㅤ ㅤAnsiava o dia em que pudesse retomar seu cargo em público, sem precisar trabalhar às escondidas. Cuidar da magia em Oxford era um bom trabalho, mas sentia falta da época que Você Sabe Quem ainda açoitava as populações do mundo bruxo. — Credo, o que estou pensando... é claro que não sinto falta de problemas, mas sim da atividade... — Corrigiu, parecendo envergonhado consigo mesmo, seu pensamento de certo modo egoísta. Seu coração abriria mão de ação pela calmaria pra seus próximos.
ㅤㅤ ㅤAs britas do caminho em que seguira estavam sobrepostas umas às outras de forma homogênea, indicando que ninguém estivera ali — pelo menos não caminhando — nos últimos dias; exceto pelos ciscados de corvos em busca de comida entre o pedregulho, o tapete acinzentado não tinha defeitos. Desta forma, seu caminhar deixara pegadas para trás, no formato de seu longilíneo sapato de couro preto.
ㅤㅤ ㅤE então ele ouviu... algum passo ao longe, sim, ele pôde ouvir. Seu coração disparou e, de modo frenético, enfiou sua mão no bolso e retirou a varinha. Seu maxilar estava contraído e, mesmo que a vontade lhe suplicasse que ficasse — e assim descobrisse o que era aquele barulho —, a sensatez lhe obrigou a aparatar. Com uma sacudidela na varinha, seu corpo girou num vórtex negro e sumiu, fazendo um pequeno redemoinho de pedras no local onde estava.
ㅤㅤ ㅤNão saíra de Dark City... apenas se afastara dali.



ㅤㅤ ㅤOFF: Se ligue nas pegadas!
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Dallan Mordred
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeSáb Set 21, 2013 8:23 pm

ㅤㅤ ㅤEra incrível como as vicissitudes da vida atuavam de forma mais que exposta. O principal personagem na – até então – única fuga de Nurmengard. Foi expulso do cargo de Chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia, e voltou a carregar em sua ficha todos os crimes dos quais havia sido exonerado. Como da primeira vez, fugiu. Fugiu para que não fosse encontrado e preso novamente. Auto exilou-se no interior de Frankfurt mais uma vez, e lá permaneceu por alguns anos, não se sabe quantos, pois ele mesmo perdeu a conta no momento em que entrou em um colapso com o tempo e espaço.
ㅤㅤ ㅤO tempo havia se passado, toda aquela calmaria havia lhe trazido paz interior, entretanto já havia desacostumado com aquilo. A crise lhe alimentava, a paz angustiava. Resolveu aparecer, dar as caras. Era arriscado, mas vivera a vida daquela forma, então não se importava. Durmstrang retomava seus tempos de funcionamento e a chegada de um novo Ministro da Magia lhe causavam certa curiosidade. Da ultima vez que houveram mudanças, essas mudanças lhe renderam alguns meses de ação, um cargo no Magisterium e mais mortes para sua ficha.
A noite caía aos poucos naquele lugar esquecido por Deus. Já preparava-se para regressar à Dark City, pois primeiramente seria bom que peregrinasse por um lugar em que era “aceito”, para posteriormente chegar onde queria. A jaqueta fora posta por cima da camisa preta, capturou a varinha, há muito já não usada, em uma caixa sobreposta na mesa e a guardou em suas vestes. Assim que cruzou os portões daquela mansão, olhou ao redor, e nem o barulho de corujas podia ouvir, não havia nada além de uma penumbra assustadora e um silêncio enlouquecedor. Seu corpo rapidamente desfez-se em uma fumaça negra que dissipou-se no ar, era o típico aparatar daquele que já fora um comensal.
ㅤㅤ ㅤAo contrário dos estampidos oriundos de um aparatar comum, Dallan fora absolutamente silencioso ao tocar seus pés contra a brita que permanecia na avenida central da cidade das trevas. Até a sua respiração foi travada no momento que chegou ao local, precisava ouvir tudo a seu redor para saber se era seguro permanecer, pois qualquer deslize poderia ser fatal. Foi quando ouviu apenas passos de uma pessoa há alguns metros de si, Dallan levou seu olhar na direção do ruído que ouvira e pôde notar a presença de um homem, entretanto o homem estava contra a luz, e sua face era indecifrável. Dotado de uma memória e senso de observação muito bons, o corpo, cabelo e o contorno do rosto lhe pareceu muito familiar. Dois passos foram dados, o suficiente para que o homem parasse e sacasse sua varinha, porém antes que Dallan pudesse sacar a sua o barulho alto fora ouvido. Aparatou. — Não pode ser, ele está morto! — Sussurrou para si mesmo.
Caminhava à passos largos percorrendo o corredor que guardava sua sala. Contudo a direção era contrária a sala, e não demorou muito para que alcançasse o elevador. Adentrou ao mesmo calado, e após dar uma boa olhada em que jazia dentro do mesmo e ignorar seus cumprimentos encostou-se no fundo do elevador cruzando os braços e fechando os olhos. — Você não sabe o que eu ouvi a Ministra falando com o chefe dos Aurores. Parece que viram Deko Càmim, sim, ele está vivo. Mas mantenha em segredo, ninguém pode saber. — Os dois homens que faziam presença no elevador junto de Dallan eram aurores, e um deles sussurrou muito baixo no ouvido do outro. Graças a sua Onisciência, Dallan ouviu a mente de quem falava, e aquilo o fez abrir os olhos repentinamente. Com o passar das horas, acabou caindo em esquecimento, pois parecia ser apenas um boato.”
Era fato, e diga-se de passagem, incontestável que lhe passou um “flahsback” pela cabeça no momento em que atinou ser Deko o homem que vira. A ligação desses dois fatos começaram a fazer sentido em sua cabeça, e o crer de que o ex-auror estava vivo, mesmo após vinte anos de dado como morto, parecia-lhe ser uma verdade maior a cada momento. Passos foram retomados, rumava um local especial para ele, rumava também o encontro com alguém de sua importância, e que adoraria saber dos recentes acontecimentos.
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Jason Dolley
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeSáb Set 21, 2013 10:57 pm

A madrugada de fato era o momento de todas as criaturas mais horrendas saírem de suas tocas. A blindagem feita pela noite era artifício fundamental àqueles que queriam praticar o mal, deixar o que havia de pior, de mais vergonhoso, sigiloso, sair de si. Em Dark City, toda hora era hora de terror. As trevas haviam de fato tomado conta daquele local, assim como tomavam conta de Jason. O bruxo sempre flertou com o lado negro, uma tendência um tanto quanto macabra em seus pensamentos, mas conseguia controlar tudo na palma de suas mãos. Não era alheio às trevas, mas a relação mutualística lhe era muito conveniente. Mas o veneno não não estava nas sombras, o que lhe submetia a uma relação viciosa era outra coisa: O PODER! O poder consumiu o indivíduo, que cegado pela ganância rompeu o lacre da devastação. Os sentimentos nunca foram tão malignos. Aquela cidade começava a criar elos com aqueles que correspondiam a suas peculiaridades. Não foi diferente com Dolley, ele começava a amar aquele lugar; aquilo era seu.

Sem passos lentos, seguia seu rumo com a varinha na mão. Seu corpo estava um pouco diferente, dessa vez podiam ser notadas algumas marcas vermelhas como fogo. E não só a cor lhes assemelhava à combustão, mas a sensação que aquilo tinha. Era um dos momentos em que a balança interna de poder estava desalinhada, o poder precisava sempre de novas fontes. O que carregava da alma de seu pai aparentava estar ficando com fome. Conforme avançou, percebeu a presença de alguém por ali. Já en garde, continuou um pouco mais atencioso até o momento de averiguação. Sim, havia ali um outro homem e pelo visto não o reconhecia dentre as criaturas nojentas e rastejantes de Dark City. Levantou a varinha antes que chegasse mais perto, ainda andando e disparou sem perguntar. O feitiço fazia com que algumas linhas mágicas saíssem do chão e das paredes das construções que lhes cercavam para desempenhar o papel de correntes. As linhas eram fortes e refletiam, de fato, o poder adquirido. Prenderiam os membros de forma que não os pudesse mexer, como no sistema de uma marionete, cada linha responsável por uma articulação. - Um ótimo motivo pra eu não te matar, forasteiro. - Mantinha a varinha apontada para o desconhecido, agora já cessado os passos. Uma gota de sangue saiu de seu nariz e o barulho desta contra o chão foi muito maior do que uma gota normal causaria. Indubitavelmente: eram efeitos colaterais do poder.
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeDom Set 22, 2013 3:57 pm


ㅤㅤ ㅤA ideia de que Deko Càmim poderia estar vivo não saía de sua cabeça. Queria muito ter certeza daquilo, mas por ser um foragido do Magisterium não poderia sair procurando sem pensar nos riscos que poderia correr. Os primeiros passos foram dados, e pôde ouvir mais passos próximos de si. Desta vez, diferente da última, sacou a varinha antes de levar seus olhos ao portador dos sapatos que chocavam-se contra a brita. Assim que virou seus olhos para o mesmo com a varinha em mãos percebeu o balançar da varinha que este empunhava. Com um raciocínio rápido e um movimentar de varinha ainda maior, Dallan lançou seu feitiço contra o homem a sua frente, caso surtisse efeito, o Levicorpus iria erguer o corpo do homem no ar de cabeça para baixo como se estivesse sendo pendurado por uma corta no tornozelo. Em seguida, seu corpo fora preso também. Não conseguia mover um centímetro de seu corpo, suas articulações estavam presas, embora ainda conseguisse contrair seus músculos e falar. — Então é isso, seremos dois homens presos pelo nada a discutir pela eternidade até o dia do juízo final? Ou você pode me soltar, eu lhe solto e ouvimos o que cada um tem a dizer como homens civilizados, contrário ao que você está sendo atacando pelas costas. — Proferiu em um tom severo, porém irônico em demasia. Querendo ou não, era de sua natureza deixar escapar essa ironia.
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeDom Set 22, 2013 4:41 pm

Tamanha agilidade e reflexo não seriam atribuições dadas aos vermes de Dark City. Os feitiços trocados não eram do gênero destrutivo, nem ao menos se chocaram. Em um susto, sentiu seu tornozelo ser pressionado como se estivesse sendo laçado; em reflexo segurou firme a varinha enquanto subiu e foi posto pendurado de cabeça pra baixo. Sem dúvidas, patético para ele estar posto daquela forma, mas fora o incitador da troca de disparos. Cruzou os braços, agora upside down, fazendo uma espécie de 'duck face' à la pathétique. - Que história é essa de dois homens presos? - Enfatizou bem o numeral e deu uma piscada, apontando a varinha contra seu tornozelo e mentalizando o remédio ao feitiço do outro bruxo: 'libera corpus'. O nó que sentia amarrá-lo agora se desfazia e foi contra o chão, não caindo perfeitamente em pé, sentindo dor nos tornozelos no impacto da colisão. Deixou escapar um leve resmungar de dor enquanto cerrou os olhos firmemente apontando de imediato a varinha ao alvo para novamente reabri-los. Podia se notar uma gota de sangue que começava a escorrer da lateral de sua cabeça, deslizando próxima a orelha e pingando mais uma vez no chão. - Pro seu infortúnio, não sou civilizado. - Avançava em direção ao oponente imobilizado e disparava o feixe de luz vermelho para isolar sua varinha: clássico. Sem cessar passos chegou mais perto e a colocou contra o pescoço do rapaz, cerrou um poucos os olhos e balançou a cabeça negativamente. Um pouco agressivo nas palavras prosseguiria o interrogatório antes que sua paciência, que não era grande, se esvaísse. - Ou você fala, ou não vou exitar em te... - Virou os olhos para o lado e viu na mão um anel. Por um momento recuou a varinha e deu um passo atrás interrompendo a própria fala. - Lockhart?! - Disse para si enquanto olhava para baixo. Algumas memórias lhe viam a mente, uma regressão de cerca de 25 anos expôs alguns flashes em sua cabeça. Reergueu a cabeça e desfez as cordas com um simples movimento de condão. Aquele anel lhe fazia lembrar de um membro específico da família, mas que tinha certeza não ser aquele. Poderia ser um impostor, ou um assassino de seu ex-companheiro e nunca amigo Matt. De fato, a atitude de soltá-lo havia sido um pouco impensada, porém destemia qualquer reação prejudicial a ele.
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeDom Set 22, 2013 5:53 pm

ㅤㅤ ㅤEra claro que o feitiço utilizado por Dallan dispunha apenas da intenção de mostrar a seu antagônico o que poderia fazer, e que não estava duelando com qualquer um. Era claro também que poderia sair daquela “prisão” quando quisesse, mas preferiu não mostrar tanto de si, afinal de contas, o elemento surpresa ainda era um dos maiores trunfos naquele universo em que viviam. Ouviu calado todos os dizeres do homem, percebeu sua varinha ser arremessada alguns metros por um expelliarmos, mais uma vez, o homem mostrara que não queria matar ou ferir Dallan naquele momento, era apenas um curioso atrapalhado das trevas.
ㅤㅤ ㅤNão demorou muito, ao aproximar-se do loiro, para notar que Dallan usava em seu dedo anelar da mão direita o anel dos Lockharts, dado à ele por seu primo, Matthew há alguns anos atrás, na última vez em que encontraram-se. E parecia que o homem conhecia bem o artefato e o poderio da família, pois hesitou totalmente no momento em que avistou o anel. Dallan foi solto e caiu ao chão com os joelhos flexionados e apoiando uma das mãos entre as pernas no chão também. Com a mão esquerda apoiada no chão ajudando a equilibrar-se, ergueu para trás o braço direito e abriu a mão, em uma velocidade bem alta sua varinha flutuou pelo ar até entrar em contato com sua mão novamente. Em seguida, ainda de cabeça baixa ergueu-se junto da cabeça levando seu olhar para o homem à frente. “Não consigo ler sua mente, ele tem o mesmo bloqueio que Matthew desenvolveu, só pode ser um Oclumente muito bem desenvolvido. Então não é qualquer um.” Mentalizava consigo mesmo. — Curioso. Me deixou, de fato, muito curioso para saber porquê teme tanto os Lockhart’s. — Proferiu curioso dando um passo a frente e aproximando-se mais do homem a sua frente. Seu rosto lhe era familiar, mas já havia falado e estado com tantas pessoas das mais diferentes possíveis, logo isso era algo irrelevante. — E me parece familiar, já o ameacei alguma vez? — Indagava de forma irônica novamente.
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeDom Set 22, 2013 6:25 pm

Incrível o fato de algumas memórias serem tão afiadas quanto punhais, um simples anel remeteria um indivíduo a outro que não mais o portava por algum motivo desconhecido; além do mais, freava os impulsos impiedosos que ultimamente, regidos por cruéis ímpetos, eram de impossível contenção. 

Independente de qualquer outra atribuição, estava diante de alguém destemido por ter coragem em demasia ou por ser um completo non-sense. Tanta arrogância seria motivo pra morte certa, sem direito a defesa. Viu o homem se levantar e olhava agora dentro dos olhos deste, sempre com um ar de desprezo e uma intenção de intimidar. A tentativa de invasão de sua mente não foi nem notada pelo bruxo, o bloqueio mental pra ele já era tão natural que não preocupava-se mais com eventuais investidas de legilimência. Pôde-se notar mais uma gota de sangue cair e algumas marcas vermelhas pelo pescoço e pela mão ficavam mais acentuadas, apesar de relativamente finas destacavam-se em escarlate. Eis que surge a ideia de temor; ouvir aquilo de quem, para ele, acabava de poupar a vida, soava ridículo. Dos nomes 'ilustres' daquela família, não temia a Gilderoy, não temia a Lukas e tampouco a Matt; o resto era o resto. Soltou uma risada sarcástica e sorriu, macabramente. - Eu? Temer alguém? Você sabe com quem está falando? - Notou a aproximação do homem e sacudiu contra o chão a varinha, fazendo com que de uma faísca surgisse uma linha de fogo separando os dois. A combustão era tão quente quanto o inferno, fadado a queimar até o último minuto e consumir tudo o que pudesse. Um bruxo das trevas certamente conheceria esse tipo de chama. Mantendo o artefato em mãos, fora indagado de uma maneira que não estava acostumado a ser. - Se você está vivo é porque ainda não me ameaçou. - Mais um aceno e as chamas se alastrariam para que formassem um círculo em torno do homem. - O motivo pelo qual não te matei não está rendendo mais. E não, não foi piedade. - Um terceiro balançar e as chamas subiam e suas labaredas assumiriam alturas de 2m, ainda assim somente em função de rodear e aprisionar. Um quarto e a ordem seria matar. - Última oportunidade para não te matar. - E mais uma gota de sangue escorria, agora dos dedos que seguravam a varinha. Sentiu queimar o pescoço e por outros lugares do corpo, mas as dores mantinham-se completamente suportáveis.
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeDom Set 22, 2013 10:40 pm

ㅤㅤ ㅤDallan apenas deixava que sorrisos mordazes escapassem vez ou outra. — Se eu soubesse já teria acabado com essa palhaçada toda. — Respondeu de forma ríspida já começando a perder a paciência, pois até então estava sendo tudo um grande jogo. — E se não teme, por que recuou quando viu meu anel? — Indagou curioso. O homem iria deixar a máscara cair, mais cedo ou mais tarde. Foi então que rapidamente por um feitiço do outro homem ali uma quantidade de fogo cercou Dallan, separando ele do outro homem. Imóvel. Esse foi seu estado, entretanto o calor intenso fazia com que suas veias dilatassem mais ficando aparentes na testa, sua jaqueta e cabelos curtos esvoaçavam devidos os gases produzidos pelas chamas intensas. — Sabe, é uma falta de educação muito grande perguntar o nome de alguém sem antes se apresentar. — Proferiu. “O que ele pretende com isso?” Perguntava-se curioso ainda tentando ler sua mente e sendo impedido pelo bloqueio. Cessou seus dizeres no momento em que as chamas aumentaram de volume, e silenciosamente seu corpo se desfez em uma fumaça negra que se desmaterializou e se refez dois metros às costas do criador das chamas. Visto que a altura das chamas chegava há mais ou menos dois metros de altura, ele provavelmente não veria que não havia mais ninguém a sua frente. — Mas não vou julgá-lo sem nem saber de onde vêm. Dallan Mordred... — Fez uma pausa, já que o homem viraria para trás para vê-lo. — ... Lockhart. — Completou para que entendesse o porquê do anel, embora não utilizasse mais esse nome.
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeDom Set 22, 2013 11:07 pm

O jogo travado entre os dois era interessante. Pelo incrível que parecesse, finalmente lhe aparecia alguém com nível o suficiente naquele antro, Dark City. Os feiticeiros das trevas de antigamente eram muito mais fortes, mas como foram sumindo nas últimas grandes batalhas, uma destas sendo a última em que participara, só restavam os feiticeiros rastejantes e grotescos dos bares e becos da cidade. Imundos e nojentos, não conseguiam nem ao menos honrar o nome da maldade que pensavam estar cometendo. E sim, a maldade sempre vinha acompanhada de um ar covarde e oportunista que fazia deses bruxos ainda mais desdenháveis. 

Ainda não havia conseguido intimidar com palavras e feitiços, mas por um instante pensou que sua prisão de chamas fosse capaz de cessar o papo a fim de chegar à conclusão: do or die. Ouviu as novas indagações e sem pensar movimentou bruscamente sua varinha de forma com que o fogo já erguido e consumidor fosse dos entornos ao interior em um choque de combustão, fazendo com que no momento do colapso uma enorme labareda subisse. - Verme. - Disse, contando ter aniquilado mais um com seu fogo maldito. Mas antes que pudesse avançar e prosseguir, ouviu mais uma vez aquela voz que já começava a lhe incomodar profundamente. - hmm! - Franziu a testa e sorriu, levantando a varinha para o alto junto a seus dois braços em um movimento um tanto quanto irônico e sarcástico. Ouviu a apresentação e se virou para Dallan, agora que o identificaria pelo nome.  - Mais um Lockhart? Muitos anos sem escutar o nome dessa família. - Mantendo as mãos para o alto, fez uma leve careta para mostrar que 'não reagiria'. - Jason Dolley. - Disse e foi avançando; pelo silêncio que se instaurava no local a esta hora, os passos dados emanavam suspense. - Não vou me desculpar pela hostilidade. Mas, faz tempo que estou em Dark City e nunca te vi por aqui. Está fugindo de alguém ou está perseguindo? - Agora abaixava os braços e os cruzava, ainda olhando para o homem a sua frente. Ligando o anel ao nome, lhe caberia ainda sanar uma dúvida. - Matt... Sabe se este ainda está vivo? - No momento conturbado em que passava, a busca por soluções dos mais diversos problemas, antigos e bons aliados eram sempre bem-vindos. Podia-se notar, mais uma vez, sangue que escorria de seu nariz. 
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeSeg Set 23, 2013 9:00 pm

ㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤOs movimentos de Dallan haviam sido certeiros. aparentemente, aquele que intitulava-se Jason Dolley pareceu não reagir quando viu do que poderia ser capaz o loiro próximo à ele. teve de concordar quando ouviu o primeiro comentário de Jason, e deu mais uma boa passada de olhos em torno de onde estavam, afinal de contas, Fogo Maldito era um feitiço bem chamativo. — Digo o mesmo. Já não sei se há algum de nós realmente vivo. — Proferiu dando alguns passos para a esquerda e tocando em seu anel com os dedos da mão em que este não habitava. Realmente as perguntas curiosas de Jason incomodavam Dallan, entretanto, não negou-se a responder a cada uma delas, apenas para notar se cessaria ou não. — Ambos. Estive ausente por algum tempo, acabo de retornar, tanto para fugir, quanto para perseguir. E se me der licença continuarei pondo meu objetivo em foco. — Deu dois passos para frente já despedindo-se quando ouviu-o citar o nome de seu primo. fez uma breve pausa e respondeu de costas para o Dolley. — Sim, está. Só não me pergunte onde. — Ao responder virou seu rosto para que ficasse de perfil para Jason, olhando-o de esguelha.
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeSeg Set 23, 2013 10:43 pm

A dispersão dos grandes bruxos que conviveram nas mesmas batalhas e guerras durante um período anterior era tamanha que todo e qualquer tipo de boato era ao mesmo tempo valioso e duvidoso. Aparentemente todos haviam sumido. Jason passou anos sem cruzar nenhum dos outros bruxos que lutaram ao seu lado ou contra ele. Tudo bem, a maioria dos contra estavam mortos, sendo a principal vitória a morte, pelo menos para ele, de Deko Cámmin.

Escutou a notícia sobre a probabilidade de haver algum Lockhart ainda vivo e pelo visto era realmente o fim dos tempos; estaria o mundo bruxo em decadência? Manteve a sobrancelha direita levantada e os braços cruzados, apenas escutando e cerrando um pouco os olhos ou esboçando caretas a medida em que os fatos eram explicitados. Enfim, a notícia de que Matt estava vivo; e se estava vivo, boa coisa não estava fazendo. Três malfeitores à solta: caso não estivessem dispersos, haveria alguém forte o suficiente a freia-los? Rápida reflexão e um sorriso maligno e perspicaz tomou conta das feições de sua face. Momento de expandir, visionava ali o jackpot: poder, eventual domínio sobre o mundo bruxo e além do mais, poderia encontrar uma 'infinita' fonte que alimentasse todo aquele poderio adquirido através do ritual com seu pai; enfim uma forma de dominá-lo. Estendeu os braços, ainda com o mesmo sorriso irônico de debochado. - Se está contra Deus e o mundo, é melhor garantir que o Diabo esteja ao seu lado. - Manteve a mão estendida para que se saudassem, poderia haver um elo de mutualismo interessante entre estes bruxo e se pudesse reencontrar Matt e antigos aliados, o mundo seria deles. Supremacia.
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeQua Set 25, 2013 10:00 am

ㅤㅤ ㅤㅤㅤ ㅤSeu intuito no momento era único. Tinha que sair dali quanto antes, pois Jason já havia chamado atenção o bastante, e não podia esquecer de que era um foragido. Dallan deu mais alguns passos a frente após o término de falar, foi quando ouviu os primeiros dizeres de Jason e parou novamente na mesma posição, olhando-o de esguelha. Era incrível como a prepotência do outro homem reinava sobre seu ego. Riu com o canto da boca e fechou os olhos por um instante respirando fundo e soltando um leve suspiro. — Se estou contra Deus e o mundo, é melhor que eles tenham o Diabo do lado deles, pois sozinhos não darão conta. — Fez uma breve pausa. Seu tom - diferente de outrora - era severo e firme. Parecia carregar ódio e rancor em seu olhar e expressão. Olhou com o canto dos olhos para Jason por mais alguns segundos e virou seu rosto para frente ficando totalmente de costas para o Dolley. Enquanto dava o primeiro passo à frente estendeu a mão direita para cima em forma de um aceno. Suas vestes esvoaçavam agora contra o vento gélido que começava a correr na Cidade das Trevas. Segundos após seus primeiros passos seu corpo desmaterializou-se em uma fumaça negra que confundiu-se com o vento forte e sumiu no ar, deixando apenas Jason e as trevas que rodeavam Dark City naquele lugar.
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MensagemAssunto: Re: A Avenida Central   A Avenida Central I_icon_minitimeQua Set 25, 2013 12:58 pm

Se os egos de ambos resolvessem inflar um pouco mais, eles explodiriam. Por mais que o dialogo tivesse sido travado sobre bases hostis e pouco civilizadas, repleto de auto-afirmações em cada frase proferida, os bruxos continham mais traços semelhantes do que divergentes. E quanto ao terceiro proferido, se postos todos em conjunto, encontrariam a horizontalidade no que tange ao estilo de vida de 'lobo solitário', mesmo que cada um o levasse dentro de distintos propósitos ou acasos. Ainda de mão estendida e um sorriso sustentado de más intenções, permaneceu a esperar a reação até que escutou a resposta com uma desconstrução da alegoria feita. Abaixou o braço fazendo cara de deboche mais uma vez, embora não apreciasse que suas propostas fossem rejeitadas. - Você quem sabe. - O disse como quem insinuava "arque com as consequências" ou "um dia vai precisar". Deixou escapar uma risada leve e balançou a cabeça negativamente. Pelo visto Dallan estava a se retirar, de uma certa forma a pressa era válida dos dois lados com o porém de Jason não estar sendo perseguido por nenhum inimigo declarado e muito menos rastreado. Cruzou os braços enquanto via o simples acenar que precedeu uma desaparição. 
Uma gota de sangue pingou mais uma vez no chão, saindo de sua mão que já havia começado a sangrar anteriormente. Estalou o pescoço e olhou para sua frente, focando no caminho em que prosseguia antes do empecilho. Sentiu suas marcas vermelhas queimarem, era hora de parar o sangramento e acalmar os efeitos colaterais, hora de reabastecer o tanque de poder: Hunting time. Com a varinha firmemente segurado prosseguiu entrando em uma ruela onde alguns bruxos vagantes se encontravam, aos poucos sumiu. 
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