O bar era um dos pontos mais visitados pelos bruxos que ousavam se aventurar pela cidade negra. Um dos mais habitados. A sua fachada era das mais simples, com um letreiro que nem sempre piscava, mostrando o nome "Hell's Here ". A única janela estava trincada e empoeirada demais para quem estivesse de fora visse algo dentro e quem estivesse dentro visse algo de fora. Para entrar, é necessário bater três vezes na porta para que a mesma se abra sozinha. O dono e barman era um vampiro chamado Abraham. Fazia questão de manter o balcão sempre limpo e atrás do mesmo havia uma grande estante com uma variedade incontável de bebidas. Qualquer que fosse o pedido, seria atendido. Se o balcão era impecável, não se podia dizer o mesmo das inúmeras mesas de carvalho circundadas sempre por quatro cadeiras. Algumas até de pernas bambas, outras esburacadas, todas sujas. A parca e amarelada iluminação era responsabilidade de um lustre que mais balançava do que tudo, vez ou outra ameaçando cair por conta dos estalos, embora jamais assustando alguém. Também estalava o assoalho, úmido e mal encaixado, contribuindo para o cheiro de mofo que banhava a atmosfera. Sopram boatos de que a portinhola atrás do balcão levava para um depósito, que escondia um alçapão, entrada para um túnel que desembocava no cemitério onde Abraham se alimentava do sangue dos cadáveres durante as madrugadas.
Matthew Sekans Feiticeiros Distintos
Mensagens : 9 Data de inscrição : 05/09/2013 Localização : Belgrado, Sérvia
Assunto: Re: Bar do Abraham Seg Set 09, 2013 11:59 pm
ㅤㅤA cidade negra era como um segundo lar para Matthew. Poderia até mesmo chamar de primeiro se quisesse. Escondeu-se em suas vielas e prédios quando o cerco para ele se fechou completamente em todas as comunidades bruxas e trouxas. Uma época difícil. A verdade é que poucas épocas de sua vida foram fáceis. Talvez algumas tivessem sido mais suaves do que outras, mas desde os seus dezessete anos não teve mais que cinco momentos de pura tranquilidade. Quem sabe agora um sexto.
ㅤㅤDesaparatou em frente ao seu bar preferido, vindo de Oxford após uma breve visita ao "túmulo" de Deko Càminn. Arrumou a jaqueta de couro e endireitou a gola antes de entrar. Empurrou a porta após bater nela três vezes, sendo recepcionado por olhares que cuspiam estranheza. Não haviam "pessoas de bem" na cidade. Se estavam por lá, ou procuravam por alguém muito sujo, ou procuravam esconder sua própria sujeira. Matthew encaixava-se no segundo grupo. Sentou-se no balcão como era de praxe, debruçando-se sobre o mesmo e encarando Abraham. Aquele barman, que na verdade era um vampiro e velho conhecido do bruxo. — O de sempre. — Pediu, segurando no copo que foi preenchido de uísque e hidromel. Mistura excêntrica e absurdamente apreciada por ele. — Esperando alguém? — Abraham se dispunha a "fechar" o bar quando necessário, dando privacidade para Matthew e quem quer que fosse a sua companhia. — Não hoje. Estou só... — Bebericou longamente seu drink. — Espairecendo. — Curvou o rosto, fechando e abrindo as pálpebras. — Se você tem pensamentos lhe incomodando, trate de embebedá-los. — Brincou, recompondo-se e estralando o pescoço. Matou aquela dose e pediu outra ainda mais caprichada. Se não tinha hora para chegar, muito menos teria para sair. Muitos pensamentos precisavam ficar bêbados nessa madrugada.
Lukas Lockhart Autoridades Máximas
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Assunto: Re: Bar do Abraham Ter Set 10, 2013 12:22 am
Lukas Ithryn Lockhart
...All the magic returns...
- É muito difícil saber onde você está graças a esse poderoso nível de oclumencia, mas o sangue que corre nas suas veias as vezes acaba me ajudando um pouco. Já havia anoitecido quando Lukas Ithryn Lockhart, diretor do Instituto de Magia Durmstrang chegara ao famoso bar de Dark City, constantemente frequentado por foragidos do ministério ou projetos de bruxos que desejavam se tornar “das trevas”. – Não sei como ainda deixam você trabalhar velho Abraham. Esse lugar já deveria ter sido fechado há décadas. Por favor me sirva o mesmo que o meu sobrinho. Concluiu, enquanto caminhava com cuidado pelas tábuas de madeira do velho bar, indo em direção ao balcão que parecia mais velho do que toda a instalação junta. Lukas havia mudado de forma brusca desde o último contato com o afilhado há alguns anos, talvez o homem demorasse a reconhecê-lo mas certamente o reconheceria. Trajava roupas brancas (como de costume) as quais sozinhas iluminavam mais o ambiente do que as próprias luzes. A varinha, que agora era substituída por um cajado branco da exata altura do diretor de Durmstrang, também emitia uma luz natural muito grande. – Fiquei sabendo que estava próximo a Durmstrang algumas noites atrás. Como se atreve ir até sua antiga casa e não cumprimentar a família? Não vai me dizer que voltou pois ficou sabendo do inicio do ano letivo e finalmente decidiu seguir os passos do seu pai e lecionar defesa contra as artes das trevas? Lukas sentou-se em frente ao balcão e começou a rir de suas próprias palavras, pois sabia que estava falando asneiras já que conhecia o sobrinho. Enquanto esperava pela bebida (que o dono do bar fazia com total relutância) arrumava os cabelos, quase brancos, e olhava ao redor, percebendo que o bar havia ficado quase que completamente vazio desde a sua chegada.
Última edição por Lukas Lockhart em Ter Set 10, 2013 1:03 am, editado 1 vez(es)
Matthew Sekans Feiticeiros Distintos
Mensagens : 9 Data de inscrição : 05/09/2013 Localização : Belgrado, Sérvia
Assunto: Re: Bar do Abraham Ter Set 10, 2013 12:43 am
ㅤㅤMatthew reconheceria aquela voz até surdo. Cresceu escutando-a e passava a maioria das suas férias de verão fugindo das regras que aquele homem tentava lhe impôr. Porventura, às vezes pegava-se agradecendo e muito por ter sido livrado de uma pesadíssima detenção e por não ter um valor absurdo de pontos descontados de sua casa. Se era verdade que sempre foi beneficiado e injustamente inocentado dentro de Durmstrang por seu excessivo mal comportamento? Graças aquele homem que insistentemente zelou por Matthew, era verdade.
ㅤㅤTambém era verdade que reuniões familiares nunca foram a sua especialidade. Grande parte dos Lockhart o repudiava e isso incluía alguns irmãos e primos. Os motivos, talvez, fossem aceitáveis. Ele matou respectivamente Leon Lockhart, seu primo, Sean Lockhart, seu irmão e Oliver Lockhart, seu tio e irmão mais novo de Lukas. — Olá, Lukas. — Cumprimentou o padrinho. Um timbre de voz simplesmente seco, se comparado ao que ele geralmente usa quando conversa com qualquer um. A relação dele com seu padrinho era estranha até mesma para ele. Lukas, como bruxo de extrema ética e moral incontestável, deveria estar alí para derrotá-lo, capturá-lo e levá-lo até o Magisterium com as seguintes perguntas: "Porque ele foi inocentado?", "Porque ele não está pagando por todos os seus crimes?", "Qual é a razão dessa incompetência de vocês?". E para isso ser feito houveram milhões de oportunidades que Lukas sempre desperdiçou. E isso jamais entrou na cabeça de Matthew.
ㅤㅤNão incomodou-se com Lukas sentado ao seu lado. Matthew conhecia a extensão dos poderes dele e descobrir sua localização seria o menor dos problemas estando a sua oclumência inativa. — Eu passei por Durgsweet a quatro dias. Aquele lugar era mais convidativo quando eu tinha meus dezesseis, dezessete anos... — Manteve seu olhar na prateleira de bebidas, ainda sem ter dirigido um único olhar para o outro homem. — E foi justamente com essa idade que deixei de ser bem-vindo em Durmstrang. — Sorriu um tanto enviesado. Aquilo para ele era um fato. Fato consumadíssimo. Para o outro comentário de seu padrinho, deixou uma risada escapar dos lábios crispados. — Eu não puxei Gilderoy. — Um pouco mais rude agora. Aquele nome lhe dava uma pontada de nervoso. — E nem tenho interesse em ensinar um bando de aborrecentes. — Revirou os olhos com o cogitar da hipótese, tomando seu uísque-mel sem pressa. — Como vai a sua vida de diretor? — Curiosidade não era o caso. Educação em estender o diálogo quem sabe. Ainda não sentia-se muito confortável.
Lukas Lockhart Autoridades Máximas
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Assunto: Re: Bar do Abraham Ter Set 10, 2013 1:31 am
Lukas Ithryn Lockhart
...All the magic returns...
Lukas começou a rir com as palavras de Matthew, mas não era algo irônico e debochado, e sim um homem velho gargalhando enquanto revirava suas memórias. Lembrar da época em que o sobrinho e outras dezenas de bruxos tinham dezesseis anos fazia com que ele também recordasse de uma das partes mais importantes da sua vida, do tempo em que a magia realmente era plena. Nos tempos mais atuais as coisas haviam perdido um pouco o sentido, e muitos bruxos migraram para o mundo trouxa e deixaram de lado o verdadeiro sentido da mágica. Nada mais era como antigamente. – Você e seu pai são mais parecidos do que você pensa, pelo menos fisicamente. Já sua personalidade continua sendo um enigma. Eu acho que você puxou a mim nesse sentido, só que com uma leve pitada de maldade. E Lukas novamente começou a rir, assim como sua aparência, sua voz também havia envelhecido desde que parara de fazer uso de poções alquímicas. Apenas com um sinal feito através do cajado, deu a entender para Abraham que lhe servisse uma segunda dose. Não sabia o que estava bebendo mas aquela bebida não era das piores, apesar de ser bastante forte. – A vida de diretor está ótima. As coisas estão calmas, tudo na mais perfeita harmonia. E a vida de foragido, a quantas anda? Conte-me mais sobre seus últimos feitos, gosto de saber o que você anda aprontando.O Lockhart realmente se importava com sua família, e mesmo com tantos distúrbios, tantos erros e tantos defeitos, Matthew ainda era como um filho. Por vezes o velho se pegava pensando no que o homem estaria fazendo, quem estaria matando, como estaria sobrevivendo. Era fato que a vida de “Sekans” era uma incógnita para todo mundo, mas insistia em perguntar pois gostava de se manter bem informado. E talvez esse fosse um defeito de Lukas, querer estar por dentro da vida de todos, como se pudesse de alguma forma, auxilia-los em algum momento mais oportuno.
Citação :
RP Fechada para Lukas Lockhart e o Feiticeiro Distinto Matthew Sekans. As ações aqui descritas acontecem durante a noite e o bar encontra-se vazio, sendo proibida até o presente momento, a interferência de qualquer outro personagem.
Matthew Sekans Feiticeiros Distintos
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Assunto: Re: Bar do Abraham Ter Set 10, 2013 2:44 pm
ㅤㅤEssas intermináveis comparações com seu pai claramente não o regojizavam. Suas feições, desde o torcer dos lábios até o franzir do cenho, no popularmente dito cara feia, denunciavam um grande asco por Gilderoy. Matthew nunca superou certas decepções em sua vida pessoal. Por mais que a pública, antigamente com capítulos a serem estampados todos os dias nos principais jornais bruxos, o descrevesse como um bruxo das trevas, psicopata e viciado nas maldições imperdoáveis, ele era muito mais do que isso. Todas as pessoas vão além do que o mundo enxerga delas.
ㅤㅤLukas enxergava muito mais do que qualquer pessoa, porém ainda assim não era tudo. Matthew chacoalhou os ombros num "tanto faz". — Uma pitada de maldade deixa tudo mais interessante. — Completou a frase do padrinho, acrescentando também uma risada mais divertida. Descontraída. Aos poucos adequava-se àquele encontro. Olhou de relance para o cajado de Lukas, ele era um tanto atípico em seus modos. Claro que haviam mil e uma maneiras de se canalizar magia, algumas mais complexas e outras mais simples como a varinha, porém ter alternativas não era assunto para qualquer um. Era um assunto do entendimento dos grandes. Também não era assunto para qualquer um a rotina de Matthew. No entanto, com Lukas, ele não se preocupava em relaxar um pouco. — As coisas também estão calmas para mim. — Talvez até mais calmas do que para o diretor de Durmstrang. Ele quase não se lembrava da última vez que empunhou sua varinha com razões moralmente contestáveis. — Irei atualizá-lo: deixei essa vida de foragido, muito embora isso não tenha saído no Ojesed. A sociedade podia ficar preocupada, entende? — Ironizou. Aquele jornalzinho medíocre já se preocupou muito em difamá-lo... Como se isso fosse preciso. Presumindo que Lukas não tinha entendido, prontamente explicou-se. — Eu fiz um acordo com o Dougie Okres quando ele ainda era o ministro. Fui inocentado de todos os meus crimes como recompensa por minhas boas ações. — Sorriu de canto, levantando o copo de uísque-mel na menção de um brinde. Uma mentira bonitinha, porque boas ações não eram de seu feitio e isso não era novidade. Continou... — Quando Emmanuelle Lestrange assumiu o poder, ela ameaçou tirar "isso" de mim caso eu me recusasse à prestar alguns favores para o Ministério. Eu fiz. — Parecendo mais pensativo do que antes, Matthew bebericou devagar sua bebida. Tinha bons motivos para intrigar-se. — E agora... Gabriel Catena é o novo chefe. — Encarou Lukas pela primeira vez desde que o mesmo entrou no bar. — O que você tem a me dizer sobre isso, Lukas? — Perguntou com um profundo interesse. Queria extrair algo dele; ninguém melhor do que seu padrinho lhe dar algumas notícias frescas sobre o alto-escalão.
Lukas Lockhart Autoridades Máximas
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Assunto: Re: Bar do Abraham Ter Set 10, 2013 5:21 pm
Lukas Ithryn Lockhart
...All the magic returns...
Lukas ouviu com atenção todas as palavras do sobrinho e mesmo estando surpreso com as novidades não esboçou nenhuma reação de espanto, apenas refletiu. Sabia que pelo menos para ele Matthew nunca havia mentido, então, seria mesmo verdade que o homem havia barganhado sua liberdade de todas as maneiras imagináveis possíveis? — Não consigo imaginar o tipo de acordo que você tenha feito com meu velho amigo Dougie Okres para conseguir essa façanha, para alcançar o total esquecimento dos seus crimes. Sei que Dougie não é uma pessoa de total integridade, ele sempre vai pender para o lado que lhe favorecer mais, mas o que realmente me intriga, é o que teria a ovelha negra dos Lockhart a oferecer ao antigo ministro... Lukas começou a rir. Num primeiro momento imagens nada puritanas passaram por sua cabeça pois conhecia a fama de Okres, mas conhecia o sobrinho melhor ainda e sabia que ele optaria pela morte a se submeter daquela forma à alguém. Matthew também não era do tipo que fazia caridade, então as “boas ações” comentadas por ele estavam totalmente descartadas desde o inicio da conversa. — Já com Emmanuelle... Novamente o diretor de Durmstrang se colocou a pensar, e por um instante se sentiu velho e impotente pois não conseguia nem mesmo imaginar o que Matthew e a matriarca dos Lestrange teriam tramado. — Não faço ideia do que ela possa ter te pedido e não vou tirar essa informação de você. O que passou, passou, e o que importa é que agora você está livre e pode finalmente tentar mudar a imagem que as pessoas tem de você. Lukas respirou fundo, pensou em começar o mesmo discurso de bondade e moral para o sobrinho pela centésima vez, mas achou desnecessário. Ele já era um homem feito, um grande bruxo apesar de ter poucos bons propósitos e um líder de família, mesmo não se dedicando muito a ela. Desistiu de vez da reabilitação forçada. — E quanto ao atual ministro, prefiro me calar. Passei muito tempo ausente em uma busca por mim mesmo, tanto que não sabia nem que você já era um homem livre. Estou depositando minhas esperanças nele, apesar de que o poder quando muito alto, faz a cabeça dos homens e transforma até mesmo amigos em verdadeiros desconhecidos. E o Lockhart balançou a cabeça negativamente, recordando-se de grandes pessoas que se deixaram levar por algum tipo de força ou patente. A elas, fez um brinde solitário e bebeu a segunda dose daquele líquido esverdeado, pedindo pelo terceiro.
Matthew Sekans Feiticeiros Distintos
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Assunto: Re: Bar do Abraham Ter Set 10, 2013 6:07 pm
ㅤㅤ[b">Eu tinha algo que muito interessava ao Dougie e Emmanuelle precisava de alguém para fazer seu serviço sujo. — Disse o milagre sem contar o nome do santo. A mais pura verdade. Fácil de digerir até mesmo para alguém tão honesto quanto Lukas. As pessoas são egoístas por natureza e quando surge a oportunidade de alimentar com direito à sobremesa seus interesses, elas não vão deixar passar. Não deixaram. Matthew era um bom jogador. Sempre teve boas cartas e sempre soube quando usá-las.
ㅤㅤA risada ironica foi uma clara discordância ao ponto de vista de seu padrinho. Lukas ainda se esforçava para enxergar algum bem, alguma luz, onde tudo já estava muito corrompido e enegrecido há anos. Não se podia tampar o sol, tampouco secar o oceano. — O que passou, não passou, Lukas. Existe a impressão de que fica para trás, mas homens como eu encaram seu passado todas as manhãs. — Ele não era dado a reflexões, muito menos a compartilhá-las. Entretanto, vez ou outra, deixava transparecer seus tormentos. — Minha imagem ou o que as pessoas pensam de mim são detalhes insignificantes. Não se apegue à isso quando nem eu sou apegado. — Piscou para ele.
ㅤㅤMatthew distraiu-se por instantes ao fixar seu olhar em seu copo. Podia entornar todo o uísque na boca que sempre ficaria um pouco de mel no fundo. Incrustado. Se virasse todo o copo, aquele gota deslizaria viscosamente por ele e até pingaria para fora, mas não sem deixar um fino rastro que voltaria para o fundo. Era como ele, era como funcionava com ele. Não podia, nem com todo o empenho do mundo, arrancar as trevas enraizadas em seu espírito.
ㅤㅤRiu de sí mesmo agora. Deixou o copo de lado por enquanto, focando na conversa com seu parente sobre o novo ministro. — Nos desprezávamos quando em Durmstrang. Por mais que fossemos da mesma casa, algo nos repelia. Dois polos negativos não se atraem, afinal... — Brincou com Lukas sem esperar que ele entendesse. Maneira de dizer que nunca deu crédito para a postura de bonzinho do Catena. Como ministro, muito menos. — Catenas são tão fracassados quanto os Desrosiers... — Acompanhando Lukas, pediu a terceira dose. — A diferença é que são menos. — Concluíu com sarcasmo. — Gabriel ainda não começou a agir, mas tenho a certeza de que eu não passarei em branco quando ele começar. — E isso sim deixava Matthew um tanto... preocupado. Problemas iriam emergir em breve. — Nos vemos, Lukas. — Com um singelo aceno, ele desapareceu do bar.