A sociedade oxfordiana é composta, em sua grande maioria, por jovens estudantes e trabalhadores iniciando sua carreira no mercado de trabalho. Na necessidade de se manter um ritmo acelerado em sua vida, a população busca lugares divertidos com um bom ambiente, música agradável e, é claro, bebida, comida e, se possível, por favor, sexo. As noites de Oxford não seriam as mesmas se Royal Blenheim Bar não abrisse suas portas às seis da noite para o happy-hour — logo ao término do expediente dos empregados —, ficando aberto até o último cliente ir embora — o que ocorria, geralmente, doze horas mais tarde. O bar possuía uma arquitetura irlandesa, com inclinados telhados e alvenaria de revestimento exposta no lado externo. Trepadeiras cobriam a lateral do estabelecimento — e em meio a elas, traficava-se qualquer tipo de coisas, até mágica. À entrada, um caminho ladeado por baixos arbustos dava na majestosa porta de correr de mogno. Para completar o exterior, um enorme carvalho se debruçava sobre a construção, garantindo sombra quase o dia todo. No interior, o Blenheim era dividido em bar, com suas mesinhas e bancos; e em um amplo salão em frente a um pequeno palco, onde bandas locais divulgavam sua arte. O piso era em concreto polido — uma das mais novas tecnologias para revestimento horizontal — e as paredes eram de gesso. A decoração interna era eclética, porém idolatrava mais geralmente o rock clássico e os artistas do pop dos anos 90. O cardápio era repleto de bebidas e porções fritas, tudo que o corpo não precisa. Sua localização é simples: logo atrás da University of Oxford, o que explica os inúmeros estudantes que freqüentam o bar.