Assunto: Gabinete do Ministro da Magia Qui Set 05, 2013 7:06 pm
Ministério da Magia
Gabinete do Ministro da Magia
O acesso ao Gabinete do Ministro da Magia é vedado para todos que não forem convidados do mesmo. Somente o Líder dos Aurores e o Chefe da Execução das Leis da Magia tem livre acesso. A principal característica do Gabinete do Ministro da Magia é que ele não é luxuoso e assemelha-se bastante ao Escritório Superior do Líder dos Aurores e do Chefe da Execução das Leis da Magia. No centro do gabinete há uma mesa de madeira branca, que possui conexão mágica com as mesas do Líder dos Aurores e do Chefe de Execução das Leis da Magia; esta conexão trata do imediato envio de documentos entre estes(as) senhores(as), visando facilitar o trabalho. Na parte esquerda do gabinete, destaca-se a presença de um quadro inteiramente branco, que revela, à vontade do Ministro, todos os dados de qualquer bruxo regulamentado ao ministério, seja ele das trevas ou não. Na parede direita, há uma lareira ligada a rede de flu, sendo esta uma das únicas três não-monitoradas pelo ministério; as outras duas são, respectivamente, do Líder dos Aurores e do Chefe de Execução das Leis da Magia.
Gabriel Catena Autoridades Máximas
Mensagens : 40 Data de inscrição : 04/09/2013 Idade : 52
Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Seg Set 09, 2013 6:21 am
- Ah, essas cerimônias... Como se já não bastasse atender aos interesses deles com essa nomeação, ainda preciso adular tantos e tantos chefes de estado? -
Resmungando, o recém-nomeado ministro entra em seu gabinete utilizando a rede de flu. Tinha trabalho para fazer e não queria perder tempo. Não conseguia tolerar até agora o motivo disto tudo estar acontecendo. Não combinava com ele, não condizia com ele.
"- O mais talentoso em animagia e prodígio em feitiçaria que já vi em anos! -", diziam.
Sabia que, de fato, assim o era. Gabriel atingiu níveis em feitiçaria e animagia que ninguém mesmo antes ousou - ou cogitou ser possível. Mas, ainda assim... MINISTRO DA MAGIA?! Sempre achou graça dos outros ministros. Sempre achou o cargo estúpido. Mas entendia os motivos, os REAIS motivos daquilo tudo. Era para tê-lo controlado? Talvez, afinal sua própria mãe estava na sala ao lado e vinha dela seus conselhos. Era para tê-lo regulado? Mais provável e menos provável. Suas experimentações em testes com as artes das trevas, sobretudo sua aplicação no modo de gerir as habilidades mágicas, sabia, em muito desagradavam a bancada moralista do conselho... Mas valeria isso? Valeria o cargo?
Era para tê-lo por perto. Era para tê-lo sob controle. Era para tê-lo como ferramenta de caça.
Flexionando as têmporas, sentou-se em sua mesa. Informou ao secretariado que estava ausente para qualquer (e precisou enfatizar que qualquer envolvia QUALQUER mesmo) tentativa de contato e pôs-se à trabalhar. Era cedo, e o dia seria longo.
Gabriel Catena Autoridades Máximas
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Seg Set 09, 2013 6:34 am
Largou sua varinha sobre a mesa e tentou, sem sucesso, utilizar da magia sem ela. Apenas mais um de seus hábitos. Riu de si mesmo e voltou a analisar os arquivos. Queria ler e entender como era o funcionamento daquela zona que era o ministério para colocar as coisas em ordem. Decidiu que gastaria aquela manhã trabalhando sobre os registros dos detentos de Nurmengard, a quantidade de celas disponíveis, o número de detidos, o número de foragidos e demais detalhes administrativos.
Não ficou surpreso ao ver que há anos o relatório não era atualizado. Na verdade, há décadas. Com três segundos de trabalho, viu que este era o trabalho mais tedioso da função de um ministro, e que este podia se ocupar com coisas muito mais interessantes, como corrupção e tirar vantagem de seu cargo. Pensou que, talvez, toda a profissão estivesse errada. Resmungando, voltou ao trabalho. Divagar era sua maldição.
- Então temos todas as celas ocupadas e nenhuma livre? Ok... Autorizando despacho para mais... - E pensou nos antigos colegas de Durmstrang - ... Hahahaha, TRINTA celas. E uma, apenas uma, de segurança máxima.
Achou aquilo uma boa coisa a se fazer, ainda mais tratando-se daquela pessoa irritante. A hora iria chegar, pensou. Nunca achou que o momento surgiria. Não era inimizade, de fato. Só não era nada. Apanhou sua varinha e, com um aceno, fez os documentos voarem e sumirem magicamente até o arquivo.
- 20 minutos como ministro e não aguento mais essa enrolação. Ah, dane-se. Vou tomar um café.
Olhou de soslaio para a lareira de flu, sorriu e disse: - Se é para ser o ministro, que eu aproveite das vantagens, então! E aparatou, logo em seguida.
Gabriel Catena Autoridades Máximas
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Qui Set 19, 2013 12:54 pm
Trabalhando desde muito cedo no escritório, Gabriel analisava relatórios sobre atividades criminosas cometidas recentemente. Em torno da décima hora da manhã, recebera um convidado do ministério londrino comunicando acerca da visita do ministro daquele país. O enviado mostrou-se pouco à vontade na frente dele, e Gabriel não teve problemas em vasculhar a mente do rapaz em busca de informações sigilosas sobre esse tal ministro londrino. Decepcionou-se, porém: pôde perceber apenas uma notável admiração do rapaz por este ministro, e nada além da face dele conseguiu obter.
- Obrigado pelo comunicado. Você já pode ir embora. - Disse, com altivez e pesando as palavras. Não havia necessidade de tal tensão imposta por ele, mas seria bom causar essa impressão.
Teve que interromper seu trabalho novamente, contudo. Uma documentação enviada, desta vez pelo ministério francês, notificando da visita - e estadia - diplomática de uma conhecida. Não pôde deixar de sorrir ao ver quem era. Um pouco de diversão, afinal, pensou. Seria bom estar entre amigos novamente.
Deixando a documentação de lado, voltou ao seu trabalho sobre as organizações criminosas. São sempre os círculos dentro dos círculos, e as mesmas pessoas envolvidas. Eu já joguei esse jogo, já estive nesse meio, pensou, mas parece que eles não lembram.
Deko Càminn Aurores
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Seg Set 23, 2013 9:57 pm
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ㅤㅤ ㅤO elevador parou naquele gabinete e a porta se abriu. Durante sua viagem vertical pode ajeitar o casaco sobre o tronco e seus cabelos castanhos, com o auxílio do espelho no interior da caixa metálica. Analisou aquele gabinete e, surpreso, notou que se assemelhava e muito com o Escritório Superior dos Aurores, recinto que estava mais habituado dentro do Ministério. ㅤㅤ ㅤEncontrou o próprio ministro ao abrir a porta: certamente ele sabia o que tinha acontecido andares abaixo, no Átrio. A orientação de Catena fora direta: entrar, sentar-se e não arrumar mais problemas. Envergonhado e estampando um sorriso encabulado, Deko proferiu suas apologias: — Sinto muito... mesmo. — dera ênfase a última palavra, apertando os lábios em desconserto e abaixando o olhar, fazendo uma referência e seguindo para a sala que lhe fora anunciada. ㅤㅤ ㅤAdentrou ao gabinete de Gabriel e, se dirigindo para uma poltrona, acomodou-se. Seus olhos notaram a papelada sobre a mesa e, mais envergonhado, olhou para a própria varinha: — Na primeira chance de você esquentar, me bota em problemas... — riu, como se falasse para o objeto mágico. Na realidade era mais uma auto-análise do porque ter soltado aquele último feitiço que destruíra uma pilastra. Seu instinto de proteção desenvolvido nos últimos vinte anos talvez tenham lhe controlado e fizera com que, depois do ataque da jovem auror, se sentisse acuado e ameaçado; defendeu-se, apenas, apesar de exagerar na dose. ㅤㅤ ㅤAguardara, enfim, até que Gabriel Catena, o ministro da magia, voltasse para sua já marcada reunião. Durante este tempo, ficou a manusear sua varinha, sentindo-se satisfeito, pelo menos pelo fato de ter conseguido enfrentar quatro bruxos treinados, concluindo que sua agilidade estava em dia.
Gabriel Catena Autoridades Máximas
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Ter Set 24, 2013 4:18 pm
Cruzando novamente a porta de seu escritório, Gabriel percebera os olhares acanhados e curiosos de Deko, agora sentado em uma das cadeiras. Sentiu o tom de voz comedido do auror ao desculpar-se pelos problemas. Deko fora imprudente em tais atos, mas sabia que ele era sincero, contudo.
Seus passos, calmos, cruzaram a extensão da sala e sentou-se em sua cadeira. Deixou-se cair sem nenhuma adulação, demonstrando o semblante do homem cansado que era. Seus olhos, sempre negros, ainda não haviam fitado o auror bem na face; Gabriel parecia olhar sempre o arredor e nunca o focava. Já sentado, tateou o bolso e apanhou sua varinha, depositando-a em um pequeno elevado presente em sua mesa. Massageou as têmporas logo após e, no palpável silêncio que se instaurara, começou seu monólogo ao auror.
- Há bons anos atrás, um então jovem adotado ingressou em Durmstrang. Sem muitas memórias sobre seu passado, foi ali que ele aprendeu o que era ser um humano e, também, um bruxo. Cercado por irmãos e pelo que acreditava ser uma família feliz, desenvolveu caráter. Não costumava ferir nenhuma regra e nunca soube direito o porquê, visto que a grande maioria dos estudantes assim o fazia. Costumava, porém, vislumbrar uma figura de disciplina em alguns grupos de alunos, sobretudo, em um certo aluno. - Ressaltou a parte final com uma delicada ênfase, deixando claro um ou dois pontos quanto a pessoalidade do aluno. Tomou um pouco de fôlego e continuou: - Aluno, este, trajador do vermelho e veterano em relação ao jovem adotado, que vestia verde. Nunca conversaram alongadamente, mas o jovem adotado pragmatizou neste veterano, desde então, um respeito muito grande. Via nele algo acima da animosidade das cores: via honra, honra que faltava, e sempre faltou, em seus colegas esverdeados.
Gabriel fez uma pausa e levantou-se, sem ainda assim olhar o auror nos olhos, e pôs-se a caminhar pela sala, com ambas as mãos postadas às costas, continuando o discurso:
- Passado algum tempo, o adotado, não mais tão jovem, recebeu um estampado M em seu estandarte... Teria, por fim, a mesma honraria do então baluarte de honra que espelhava-se em sua juventude. Poderia, então, seguir os passos de quem, de certo modo, o inspirara em almejar tal posto, tão desejado em seus tempos de escola. Lamentava, no entanto, o fato de que o veterano não mais estaria ali para que o adotado o visse como um igual; este já se formara e, não menos honradamente, galgava o caminho como um auror do ministério.
Gabriel tocou em um painel localizado próximo da entrada do aposento e acionou um mecanismo simplório que, defronte a Deko, amostrava a marca em forma de M que os monitores de Durmstrang traziam consigo.
- A formação do adotado continuou, e ele se especializou em tipos novos de feitiçaria e em transfiguração. Outras áreas não costumavam atrair seu interesse. Desde então, não teve mais contato ou notícias do então veterano. - Terminando o rodeio que fizera na sala, sentou-se e acionou o painel do quadro branco, à esquerda. Detalhes sobre atos bruxos da vida do auror surgiam na quadro branco, todos datados. A data de sua ascensão, bem como seus acertos e, em uma lista bem maior, seus delitos.
- Convoquei-o aqui, veterano, para falar sobre confiança. Convoquei-o aqui, auror, para falar sobre justiça. Convoquei-o aqui, Deko, para falar sobre poder... E como ele é perigoso. O adotado, finalmente, olhou nos olhos do veterano. Os olhos de Gabriel, sempre negros, mostraram-se falsos...
Deko Càminn Aurores
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Ter Set 24, 2013 10:02 pm
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ㅤㅤ ㅤManuseava tranquilamente a varinha, sentado confortavelmente na poltrona, enquanto aguardava o ministro da magia. O mesmo não demorara a retornar e, cruzando a sala, sentou a mesa parecendo exausto — o que fez Deko se sentir um pouco culpado, já que criara, talvez, mais problemas pra quem já deveria estar lotado deles. ㅤㅤ ㅤOuviu, então, o discurso de Catena, permanecendo em silêncio, sentindo-se lisonjeado à medida que percebia sobre quem Gabriel discorria a respeito. Fitando-o e acompanhando seus movimentos, Càminn pode perceber que o mesmo não lhe olhava diretamente, no entanto acreditava ser devido ao fato do ministro estar absorto em suas memórias. O auror permanecia sentado à medida que a história prosseguia e, quando lhe fora mostrado, à esquerda, o painel de suas atividades, exclamou em baixo tom: — Parece que nada passou em branco... ㅤㅤ ㅤOlhar aquele painel lhe fez experimentar dois sentimentos quase que simultaneamente. O primeiro fora de nostalgia e orgulho, quando notara, na parte de seus feitos, menções às suas atividades em Durmstrang, principalmente na época da Armada de Durmstrang contra Comensais da Morte, além de sua luta incessante contra as Artes das Trevas no início da sua carreira de Auror. Logo após, seus olhos fixaram seus delitos: uma apunhalada no coração. Sentira vergonha — e raiva — das anotações sobre sua participação no assassinato do primo de Matt, quando o Lockhart lhe influenciara a utilizar Magia Negra, bem como sua “morte” — e derrota — por Jason Dolley, que lhe obrigaram a permanecer escondido por todos os últimos anos, trabalhando de forma secreta. Arrependia-se de ter provado daquela droga, porém satisfeito de tê-la superado afinal. ㅤㅤ ㅤDesviou a visão do painel assim que Gabriel tornara a falar, concluindo assim a história e discorrendo a respeito dos assuntos que tratariam ali, naquela reunião. Estava calmo até vislumbrar o olhar de Catena: algo estranho estava ali e, na última afirmação do ministro, Deko sentiu que havia algo nas entrelinhas, no entanto não conseguia decifrar o que era — ou pelo menos preferia não cogitar nada. A varinha deixou de ser manuseada como passa-tempo e permaneceu firme em sua mão direita. Certificou-se de que a varinha do ministro estava sobre o objeto na mesa: sim, estava, ele não havia a pegado novamente. O maxilar do francês ficou levemente tensionado e, não conseguindo disfarçar a estranheza que sentira, perguntou, com as sobrancelhas arqueadas: — O que quer dizer com isto?
Gabriel Catena Autoridades Máximas
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Qui Set 26, 2013 9:25 pm
As reações do auror às palavras do ministro eram notáveis; ia da admiração por seus atos passados, passando pela vergonha de outros atos também passados e, por fim, desaguara na desconfiança que Gabriel sabia que encontraria. Podia sentir a voz áspera e insegura do auror-eremita, aparentemente desacostumado com a sociedade, após longo tempo de isolamento. Este aprendeu - ou melhor, teve que aprender - a não confiar nas pessoas. Em seu íntimo, e para tal o Legilimens fazia-se desnecessário, Gabriel sabia que Deko era, na verdade, esquivo e arredio. Era, em grande parte, um dos comportamentos que ele esperava, ao menos, começar a mudar.
Abaixou a cabeça e, lentamente, prosseguiu.
- Todos as introduções, auror, convergem-se em poucos e mais poucos até que, por fim, tornam-se um. Solicitei que viesse, pois penso que seu isolamento, dentre outras coisas, não é mais necessário. O ministério precisa de você... Deixou subentender que aquela pessoalidade singular, na verdade, era plural; o tal plano, não obstante, envolveria mais pessoas. - Entendo sua desconfiança, sinto-a, e não esperava menos. Seria injusto, no entanto, se requeresse de você qualquer coisa, mesmo podendo, sem oferecer-te algo em troca. E levantou-se, novamente. Durante todo o tempo que falara, Gabriel sequer fez menção de trocar na varinha.
- Seja honesto e diga-me: o quanto sabe sobre meu passado?
Gabriel não escondia mais seu estranho olhar sobre o auror. Sempre tivera olhos bastante negros, vivos e até mesmo brilhantes, mas uma leitura mais atenciosa notaria algo irremediavelmente diferente em seus olhos: opacidade.
Deko Càminn Aurores
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Dom Out 06, 2013 10:48 pm
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ㅤㅤ ㅤ— Eu não sei muito sobre você não, Gabriel, se isso possa te preocupar de alguma forma. — respondeu prontamente Deko, se endireitando na poltrona a qual estava sentado e segurando sua varinha, ainda firme. No entanto, abaixou relaxadamente os ombros e suas sobrancelhas já não estavam severamente arqueadas em desconfiança; formavam, agora, uma curva de curiosidade, num interesse repentino sobre o que o ministro falara. Então seu exílio já não era mais necessário? O ministério precisava dele, mais do que antes? Uma oferta? Aquilo tudo estava parecendo um pouco... estranhamente rápido. — Gabriel Catena, filho da adorável Déia... minha preferida professora, bruxa adorável! Eu lembro muito pouco de nossas atividades juntos, sinto lhe dizer. Eu costumava estar irritado demais com o Dolley, aquele verme insolente... — mordeu os lábios em pura raiva, mas conteve-se. Não era hora de demonstrar a raiva que sentia por Jason; teria outra oportunidade de compartilhar a história com o ministro. — No entanto lembro de você, do Thomas e de Cedric... e sabia que vocês eram pessoas de ótima índole, bruxos que certamente — e vocês demonstraram isso lutando por Durmstrang — não iriam para o lado negro da magia. — sorriu, tendo um vislumbre do passado. — Depois da minha formatura, perdi o contato com o Instituto e me dediquei no meu trabalho como auror, mas ouvi dizer que você estudou animagia e feitiços com... como era mesmo o nome do seu tio? Lawliet, não é mesmo? — pigarrerou — Pois então, recentemente, no meu exílio, ouvi que o novo Ministro da Magia era nada mais, nada menos, que um antigo conhecido. Bom, pelo menos agora eu tenho mais esperança no futuro desta instituição. ㅤㅤ ㅤPerigoso, muito perigoso. Deko não sabia muito do passado de Gabriel e muito menos de seu problema psico, quando o mesmo perdia sangue. Além disso, não cogitava a possibilidade do Catena ter se envolvido com feitiçaria das trevas avançadas com seu tio, e nem sobre os métodos que lhe fizeram alcançar a Feitiçaria Fragmentada. O bruxo à sua frente era mais incógnito do que Càminn imaginava. ㅤㅤ ㅤ— Mas você diz — e me olha — de um jeito tão estranho, por isso do meu peremptório espanto. Realmente não entendi pra onde vai a nossa conversa, a não ser que você queira que eu acredite que seja só pra levar um papo. Não me leve a mal, Gabriel, ministro... — disse se levantando, endireitando o corpo de modo a ficar de frente para Catena, olhando-o serenamente. — O Ministério precisa de mim para quê?
Gabriel Catena Autoridades Máximas
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Qui Out 10, 2013 11:49 am
Gabriel ouviu atentamente tudo o que Deko dissera. Suas suspeitas confirmaram-se: o bruxo não cogitou usar o legilimens nele, visto o fato do ministro olhar diretamente nos olhos de Deko e também o fato de Gabriel desde o começo da conversa não estar empunhando sua varinha, o que tornaria impossível sua defesa. A estratégia adotada, na verdade, fora para Deko sentir, desde o começo, que Gabriel não representava ameaça. Decepcionou-se com o fato das lembranças de Deko restringirem-se a, e tão somente, vida acadêmica de Gabriel. Dos feitos que o fizeram ser eleito pelo conselho Sacrossanto ao cargo de ministro, substituindo a então ministra - e neste momento Gabriel fez um registro mental de que precisa com urgência conversar com a mesma - Deko não sabia.
- Obviamente, esta não é uma conversa casual. A despeito do proposto fim de seu exílio e da velocidade como as coisas acontecerão, desde já desculpo-me - disse, enquanto dirigia-se caminhando até a porta. - De uma coisa você está certo... Meus treinos em animagia e feitiçaria com meu tio, Lawliet. Mas as consequências destes treinos... - e voltou a fitar o bruxo com seus negros olhos opacos. - Existe uma outra pessoa que sabe da sua presença aqui e, se você permitir, em breve nos encontraremos com ele -, comentou, em tom humilde, o ministro.
Estendeu levemente a mão e apanhou sua varinha, já retornando até a mesa. Segurou-a firmemente e olhando novamente para os olhos do auror, disse, em tom comedido: - Preciso saber, e saberei se estiver mentindo, em quem você confia: no ministério, no ministro ou em Gabriel Catena?
O peso da resposta do auror impactaria definitivamente sobre os eventos a seguir e, pela leve tensão que se formara, Gabriel sabia que Deko havia compreendido o que a pergunta, na verdade, queria dizer: a instituição, o posto ou a pessoa?
Deko Càminn Aurores
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Qui Out 10, 2013 9:14 pm
ㅤㅤ ㅤA passagem poderia passar despercebida por qualquer um, mas não por Deko. E, obviamente, Catena notaria, com sua legilimência avançada, que aquele breve êxito parecera uma longa dissertação para o francês. Não era por mal, nem desconfiança; na realidade parecera mais compreensão de que, no passado da vida de Gabriel, existia algo que não merecia ser mencionado ali. Com um olhar de desvelo, o auror deixou com que o ministro continuasse a falar. ㅤㅤ ㅤ— Então eu não fui o único a ser convidado? — exclamou, em tom surpreso, no entanto comedido. — Trata-se, então, de algo não tão particular a mim... ou na realidade trata-se? — sorriu tranquilamente, arqueando uma das sobrancelhas e retomando o posto de ouvinte. Deko nem se dera ao trabalho de especular quem estaria para chegar; ameaça, ou não, “Biél” deixara claro que o encontro aconteceria com a permissão — embora, talvez, acontecesse de outra forma — dele mesmo. Entretanto, a curiosidade estava ali, empurrando a mente do francês. ㅤㅤ ㅤE, assim, a derradeira perquirição: em quem eu confio? ㅤㅤ ㅤEra uma pergunta difícil para quem costumava não confiar muito nas pessoas, a não ser as mais próximas. Apesar disso, Deko sempre tendia a esperar o melhor das pessoas. Entretanto, todo aquele ar de suspense fez com que Càminn hesitasse, e pensasse melhor. Olhando para Gabriel e percebendo que o mesmo — já com varinha em mãos — esperava sua resposta, preferiu fazer suas especulações em voz alta: — Pois bem, Gabriel. Acho que podíamos parafrasear esse assunto. Seria digno de um romance eu lhe dizer que acredito nos três, mas sabemos que seria mentira. E nem adiantaria mentir... você saberia. E, com certeza, como você pode ver, meu exílio me deixou arisco — mais até do que eu já era —, o que me faz não tomar partido, não sem antes analisar. A respeito do Ministério, bem sabemos que ele tem seus altos e baixos e, por mais que um setor mereça respeito, outro pode ser digno do contrário. O cargo de ministro é algo bem complicado: deveria ser o que menos proporcionasse dúvidas, mas temos um histórico não tão bom de ministros, não é mesmo? Como você mesmo disse momentos atrás, o poder é algo perigoso, e qualquer bruxo está sujeito a se perder nisso... — lembrou-se do seu passado obscuro com Matt e tornou a falar — E Gabriel Catena, como eu bem disse, não conheço muito... só conheço aquele estudante esforçado, que fazia graça com Cedric, Ditte, e muitos outros bruxos que eu conheço tanto quanto te conheço: não muito. — E, olhando o bruxo a sua frente voltar a sua mesa, segurando a varinha, continuou brandamente: — Você entende o que eu digo? Você me deu três opções e, se tenho que depositar minha reposta sobre alguma delas, esta tem que ser a qual eu me sinta mais confortável; aquela que eu acredite realmente ser verdadeira. — E olhou nos olhos do ministro: — E você está realmente sendo verdadeiro comigo? Eu sinto sua legilimência tocar minha mente e eu sei que não conseguiria impedi-la, mesmo com o conhecimento de oclumência que eu tenho. E, ainda mais... — aproximou-se da mesa do ministro, colocando as mãos sobre a mesa — uma delas segurando a varinha —, e abaixou o tronco: — Seus olhos, Gabriel... há algo estranho neles. Não consigo, me desculpe, sentir sensibilidade neles... E isso me faz voltar a ficar em dúvida, porque estava realmente propenso a confiar EM VOCÊ. Das três opções, a mais lógica... mesmo além do raciocínio, a que eu escolheria de coração, seria confiar em você, com quem algum dia eu já conversei e já estive... — e, fazendo uma pausa e, voltando ao seu assento, finalizou, com um ar preocupado: — Mas cara... o que É você?
Gabriel Catena Autoridades Máximas
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Qui Out 10, 2013 9:41 pm
Gabriel não poderia esperar menos, contudo. Sabia que havia oferecido pouco e precisava de muito em troca... Não que esta fosse uma troca tácita; não, não era. O jogo de influência, as considerações sobre as personas... Tudo era pesado demais, denso demais e complexo demais. O passado, sempre ele, regia os atos sobre o futuro; futuro, este, imprevisível. Não duvidava, no entanto, da capacidade daquele que estava defronte a si. Era chegada a hora, enfim.
- Seria presunção exacerbada de minha parte afirmar que já esperava por resposta símile? - Disse o ministro, que circundou a mesa gesticulando para que Deko também fizesse o mesmo. Postou-se, por fim, no centro da sala, de costas para a porta e defronte a Deko.
- Sobre meus treinos com meu tio... E outras coisas acerca do meu passado, também, ninguém, exceto Thomas e Deia, o sabem. E agora você também saberá, pois eu, Deko, confio em você.
Gabriel respirou fundo e preparou-se para fazer a revelação que, talvez, fosse uma das mais sérias que faria. Com um movimento lento e calmo - respiração profunda e ritmada - o ministro fechou seus olhos malditos e passou a varinha na frente deles. E a verdade surgiu.
Cicatrizes profundas e vivas no que antes eram seus olhos, escarras de uma ferida que jamais fechou, jamais parou de doer - e jamais pararia. O fruto do treinamento... A promessa de poder... O motivo maior; segurança, proteção e amor. Gabriel sacrificara sua visão para alcançar o nível que atingira: este foi o preço cobrado por Lawliet para os ensinos sobre a feitiçaria fragmentada e também a animagia avançada.
- Este foi o preço que precisei pagar quando descobri... 'ele'... Precisei aprender, precisei... E a visão foi um preço barato a ser pago, contudo. Meus olhos, feridos, não podem mais ver. A última lembrança que possuo é do rosto de Lawliet chorando pelo que me fora feito. Não o culpo, no entanto. Aceitei o preço e paguei por ele e, sim, foi barato. Faria novamente.
Retirou do bolso uma faixa e amarrou-a em seus olhos (a.k.a Illidan! hahaha). O simples contato das feridas das trevas que sofrera causava-lhe grande dor. Guardou a varinha consigo, não mais segurando-a nas mãos e completou. - Agora você sabe e, portanto, peço... Não atenha-se aos olhos; estes, estão mortos... Matei-os e também os mataram... Atenha-se ao homem, que é o que sou, e no pedido do homem, não do ministro e também não do ministério: precisamos de tudo e todos, de você.
Voltando a segurar a varinha, Gabriel estendeu a mão em convite para Deko. [i] - Venha comigo, por favor. Nosso convidado nos aguarda.
OFF: Galera, leiam ao som de https://www.youtube.com/watch?v=2DyaQXeDq2o para terem a exata sensação que tive ao escrever. OFF ²: Chato uma das imagens mais bundas do Illidan ser a que mais representa o que quis dizer com o (a.k.a Illidan! hahaha), mas segue:
Deko Càminn Aurores
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Sex Out 11, 2013 12:33 am
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ㅤㅤ ㅤAtônito, Deko observou a movimentação de Gabriel. Meu Deus, o que era aquilo em seus olhos? O francês, já havia decidido a resposta à pergunta que o ministro — ou melhor, o Catena — lhe fizera momentos antes, simplesmente à menção da confiança que o mesmo possuía para com o auror. E, apesar disso, o sentimento de convicção se firmou perante a verdade escancarada pelo bruxo a sua frente. ㅤㅤ ㅤO francês primeiramente olhou a cicatriz com receio e espanto: aquela revelação lhe pegara desprevenido. No entanto, a feição de susto perdeu o lugar para uma de compaixão. Entendia que aquilo fora um sacrifício para o aperfeiçoamento das habilidades de Catena e também sabia — e apesar de não avaliar daquela mesma maneira — que para o ministro fora um preço, como ele mesmo disse, barato. — Gabriel... — levantando e caminhando na direção do bruxo, diminuindo a distância. — fico grato por ter compartilhado isto comigo e, além de tudo, me sinto honrado. Obrigado. — agradeceu, depositando a mão direita sobre o ombro do companheiro. — Com essa amostra de confiança... — pigarreou — tenha como certo meu amparo aos seus próximos objetivos. Se precisas de mim, estou aqui! — Apertou com os dedos o ombro do amigo e sorriu com o canto dos lábios. Ajeitou as vestes e, ao sinal de Gabriel, estava pronto para aparatar dali, seja para onde fosse o destino do ministro da magia. ㅤㅤ ㅤDeko estava satisfeito, feliz. Seu exílio havia acabado e, depois de muitos anos, encontrara alguém em quem confiar. Se sentia menos oprimido e, ali, em seu coração, a vontade de lançar a cara ao mundo e correr atrás dos bruxos que lhe mancharam o passado aumentava, bem como caçar aquele que lhe levou não só um objeto de valor, mas sim a liberdade. Esperava, a partir daquele momento, poder desempenhar o seu trabalho como sempre quisera: ser um auror reconhecido, e não apenas o falecido auror corrompido. "Por Gilderoy..."
ㅤㅤ ㅤOFF: Clique aqui para ouvir a música da VIBE desse turno!
Gabriel Catena Autoridades Máximas
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Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Qua Out 16, 2013 12:29 pm
Gabriel suspirou em alivio, ao finalmente ter consigo um amigo - e agora também aliado - tão valoroso. Ouviu, com os olhos fechados, as palavras do amigo.
- Obrigado por entender e, sobretudo, por não me julgar.
Inconscienemente, Gabriel esperava ouvir julgos e impropérios vindo de Deko. No entando, surpreendeu-se com a sabedoria das palavras do auror. Apenas concordância e talvez até mesmo respeito pelo seu sacrifício. Não fora fácil, mas fora necessário. Para proteger sua família, Gabriel fizera o que fora preciso... E sempre o faria.
Ao sentir o toque de Deko em seu ombro, pôs suavemente sua mão sobre a dele e, com a outra, sacou sua varinha. Em um tom de voz cuidadosamente medido para não demonstrar sua emoção, Gabriel disse em voz baixa: - Vamos comigo, meu irmão.
E sumiram dali, em meio a um turbilhão negro, tendo como destino a prisão de Nurmengard.
Ditte Meinhartt Bruxos Autonomos
Mensagens : 16 Data de inscrição : 14/10/2013 Idade : 48
Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Qui Out 17, 2013 6:39 am
ㅤㅤ ㅤNunca se viu ave tão bela rondando os terrenos do Ministério da Magia. Aliás, pouco provável que qualquer ave como aquela já tenha sido reportada em qualquer lugar do país.
ㅤㅤ ㅤPela janela aberta do escritório vazio uma coruja de penas cintilantes passou silenciosamente, pousando com um baque surdo sobre a mesa do ministro. Era uma ave de porte médio e ar misterioso, com penas claras puxadas para um tom azul-perolado estranhamente familiar. Certamente aquela ave não seria tão diferente das outras se não transmitisse uma fragilidade mágica comovente. Ou, talvez, toda aquela emoção que transbordava na sala com a simples presença do animal se desse pelo significado da mensagem que trazia.
ㅤㅤ ㅤGrandes olhos pálidos encararam o vazio antes que um cartão azul caísse sobre o tampo da mesa de Gabriel Catena, novo Ministro da Magia. Como que racionalmente ela se abaixou e rompeu com o bico a cera azul marinho que lacrava o cartão, fazendo com que o papel se desdobrasse lentamente. ㅤㅤ ㅤComo pétalas preguiçosas de uma flor ao amanhecer, o cartão se abriu, revelando uma grafia feminina e descuidadamente escrita.
”Me encontre nos jardins! 1am.. ”
ㅤㅤ ㅤAo pé da frase havia um grande M., genérico o suficiente para evitar que o homem deduzisse quem era o remetente daquele convite. A ave, com a mesma discrição que entrou, saiu, dando por entregue a mensagem de Ditte Meinhartt.
D. Meinhartt
Gabriel Catena Autoridades Máximas
Mensagens : 40 Data de inscrição : 04/09/2013 Idade : 52
Assunto: Re: Gabinete do Ministro da Magia Sáb Out 19, 2013 6:26 pm
Às vezes, pensava Gabriel, sua cegueira fora uma benção. Não via rostos e nem detalhes, mas conseguia sentir a magia – e, com ela, a intensidade do poder mágico de cada bruxo. Via luzes – ou quase isso – fortes, que simbolizavam o poder mágico contido em cada bruxo, que emanavam de todas as partes do corpo, e por isso conseguia distinguir o que era o quê. Devido a isto, pôde perceber passado talvez um segundo de sua chegada, que algo – ou alguém – havia visitado o local e deixado uma mensagem.
Já dentro do ministério – onde não tinha amigos em quem confiar seus segredos -, removeu a faixa dos olhos e pôs sobre si o básico feitiço de transfiguração que desenvolvera, dando a falsa impressão de que ainda tinha olhos e que podia ver.
Caminhou com passos rápidos até a escrivaninha, local onde o trabalhado bilhete estava depositado, sentou-se e preparou-se para apanhá-lo. ”Será que o Senhor Daguerreo já sabe do que aconteceu, e também da retirada do Savage que pedi ao Deko? Não me impressionaria... Idiota, eu deveria presumir que ele tramaria uma forma de monitorar Savage! ” Subidamente e tomado por apreensão, percebeu o quão arriscada era a tarefa que designara ao auror. Imediatamente levantou-se e, novamente pensando nela, enviou outro patrono ao auror, na esperança que este ainda estivesse ali.
Com a respiração começando a vacilar devido ao esforço, Gabriel voltou sua atenção para o bilhete. ”Não conheço os métodos de trabalhar do Senhor Daguerreo... Enviar um bilhete? Qual a razão disto? Não seria mais fácil enviar uma mensagem por qualquer outra forma? Ele sabe como me encontrar...”, pensou, enquanto novamente circulava a escrivaninha e apanhava o bilhete nas mãos. Usou de magia para ler... E seu coração deu um salto ao verificar o conteúdo.
”Não...” Simplesmente não. Não era possível. Ela estava morta!.. Não estava? Tinha que estar! Procurou-a magicamente, usou dos rastreadores de magia que o ministério tinha e não encontrou resultado. Ninguém tinha notícias havia quanto tempo? Vinte anos? Por aí... E, ainda assim, era ela sua força para seus patronos. Tornou-se saudosista com o tempo. Chegou a vacilar e pensar que tudo não passara de um sonho adolescente, talvez... Mas ali, aquela grafia, era tão real...
Não perdeu mais tempo com pensamentos tolos. Sem raciocinar direito, aparatou diretamente para os Jardins de Durmstrang.