❇ THE DESCENDANTS OF THE ROSE ❇

52 anos
03/12/1961
Autoridade máxima
Vice-Diretor

Arrogância! É a palavra que melhor define sua personalidade. Extremamente preocupado coma aparência física por muitas vezes é também metido e prepotente e tem por característica uma tremenda falta de tato. Por muitas vezes é extremamente calculista e observador, o que o torna um homem perigoso e inteligente. Sua frieza na maioria das situações e seu jeito explosivo sempre lhe trouxeram benefícios. Talvez por isso tenha alcançado um nível tão exagerado de arrogância, algo que para muitos é suficiente para nem mesmo trocarem mais que duas palavras consigo.

O vento soprava forte naquele fim de tarde no pequeno vilarejo de Sthurkondur. Localizado nas regiões de montanha da Suécia o lugar era cercado por neve em todos os lados, tornava-se intransponível em determinadas épocas do ano e por muitas vezes sua temperatura alcançava a incrível marca de trinta graus negativos. Era com toda essa atmosfera circundando a velha casa de pedra com três andares que aconteceria naquele inesquecível três de Dezembro o nascimento do único filho homem do casal Pietro Desrosiers e Katherine Desrosiers! Corélio como haviam escolhido tinha uma irmã dois anos mais velha, a pequena Zayne que tremendamente enciumada com o nascimento do irmão havia se trancado no quarto desde que a velha estranha que morava no fim da rua havia chego em sua casa, a menina ainda não tinha o entendimento de que aquela mulher realizaria o parto. Só conseguiu entender o que acontecia quando o choro alto tomou conta do silêncio da casa. A raiva da pequenina canalizou-se através de seus ciúmes e as bonecas de seu quarto levitaram disformes. Era uma prova viva do temperamento daquela família baseado quase sempre nos ciúmes!
                                                                          ...

- Acorda! Acorda! Anda vovô! Você prometeu me levar ao campo hoje! -
O sol já brilhava forte naquela manhã de Domingo. Corélio agora com seus cinquenta e dois anos tinha o sono interrompido por um de seus muitos netos. Havia prometido ao garoto na noite anterior de leva-lo ao pequeno estádio de quadribol do time local de Sthurkondur. A equipe que por sinal disputava a segunda divisão da liga nacional de quadribol da Suécia nem mesmo podia ser comparada aos grandes times da capital Estocolmo, mas era muito querida pelos fãs, principalmente quando Kiurt jogava. O homem que beirava seus setenta anos era o mais velho batedor da historia do quadribol e por muitas vezes havia arrancado gostosas gargalhadas de quem o assistia jogar! Embora talentoso a idade já não mais o favorecia e era comum que o homem até mesmo esquecesse de vestir as calças antes de entrar em campo.
- Está bem! Estou levantando, estou levantando... Cadê sua mãe? Esses meus filhos são todos ingratos, depois que me tornei velho passaram a achar que abri uma creche! Só este mês é a sétima vez que sua mãe te larga aqui comigo e só aparece depois de dois dias! -
Embora resmungasse no ouvido do garoto o velho Corélio não parecia falar sério. Depois de inúmeros casamentos  frustados e tantos escândalos em sua vida tudo o que tinha de importante por agora era o carinho dos netos. Os mais novos principalmente costumavam ser extremamente grudados consigo e era isso que lhe dava forças todos os dias para se levantar e encarar os seus desafios. Desde muito novo havia se acostumado com eles, uma promessa feita ao seu pai quando criança havia surtido efeito, tinha prometido levar o nome da família Desrosiers ao topo e assim o fez. Extremamente talentoso com uma varinha e uma vassoura colecionou historias importantes e boas risadas. Além de professor e posteriormente diretor de Durmstrang fez também carreira no quadribol, jogador importante e que figurou sempre os grandes medalhões da seleção da Suécia. Seu prestígio entre os bruxos aliado ao seu temperamento o fizeram passar metade de sua vida estampado nos noticiários e na maioria das vezes as notícias não eram muito boas!
No fundo até sentia um pouco de saudades de toda a agitação de uma vida jovem. As muitas mulheres e as bebidas, eram coisas que o faziam se perder em lembranças, quase sempre.
- Você já tomou seu café da manhã?! O que você preparou para nós? -
Seu tom de voz era animado! Tinha já se levantado da cama e caminhado ao banheiro para cumprir com suas necessidades de higiêne, nada muito exagerado. A velha casa de pedra de três andares havia se transformado numa mansão de mármore, uma singela alusão a arte francesa que havia passado a admirar após alguns anos morando na terra dos cheiros.
- Como se eu soubesse cozinhar, vovô! Acorda! Eu só tenho oito anos, esqueceu?! A Shelt quem fez, pobrezinha. Já te contei que vou comprar algumas roupas para ela, vô?! -
O som do risinho do neto vindo do andar de baixo o contagiou e logo conseguiu ver muito de si no garoto. Ele era implicante e ao mesmo tempo sedutor. Não demoraria muito tempo para ter problemas com as mulheres e Corélio nem mesmo precisava entender de adivinhação para prever isso.
- Você não tem vergonha em explorar uma velha elfa cansada? Eu não te ensinei nada?! Aliás, Shelt prepare o meu café com um pouco de rum. Antes de ir ao campo eu precisarei aparatar no Magistério para buscar alguns memorandos, essa suprema corte tem destruído os poucos fios loiros que ainda me restam! -